"Sabemos nós
o que é o amor? Conhecemos a sensação, a emoção, o desejo, o sentimento e o
processo mecânico do pensamento, mas nada disso ainda é o amor. Dizemos amar
nosso marido, nossos filhos; odiamos a guerra ao mesmo tempo que a exercemos.
Nosso amor contém o ódio, a inveja, a ambição e o medo; porém isso não
significa amar. Admiramos o poder e a fama, esse mal que corrompe. O amor é o
desconhecido com sua extraordinária beleza.
Viver nesse
desconhecido não equivale a permanecer na dúvida ou cair no desespero. É morrer
para o passado e, portanto, viver na total incerteza do amanhã. O amor e a
morte desconhecem a continuidade. Somente a memória e o quadro na parede tem continuidade, mas isso,
como acontece em todas as coisas mecânicas, produz desgaste, dando lugar a
novos quadros e memórias. Continuidade é deterioração, e esta não contém a
morte. O amor e a morte são inseparáveis e definitivos em sua ação
revolucionária”. Jiddu Krishnamurti- Diário de Krishnamurti.
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