sábado, 28 de março de 2015

NÃO-DUALIDADE DUAL




Uma questão importante  a ser considerada é perceber que a  tal “não-dualidade” conceitual ainda é dualidade - constituindo, assim, grande ilusão  achar que o caminho do advaita se resume a  ler livros , decorar chavões e frases de efeito, assistir vídeos e palestras, participar de satsangs ou posar de guru. Se existe uma “não-dualidade” é porque ainda existe uma dualidade- pois um não existe sem o outro.  Quem foge da “não-dualidade” está  contraditoriamente sustentando a própria dualidade. Na verdadeira “não-dualidade” todos os conceitos, tanto os “duais” quanto os “não-duais” perdem seu sentido e significância. Então, o que resta não pode ser dito. E como não existe mais o movimento no tempo, o impulso para ser diferente, ser especial, ser respeitado, se libertar etc. etc…. o sábio advaita  continua sua vida como se nada tivesse acontecido. De fato, quando interiormente, esse estado se instala, tudo acontece - e nada acontece ao mesmo tempo. ( Alsibar)

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